segunda-feira, 20 de junho de 2011
Foram tantas conversas, tantos planos, tantos risos... Foram danças coreografadas na chuva, foram abraços, olhares, e muitos, muitos pesares. Foi puro, verdadeiro, foi um sonho ainda não completamente realizado. Tinha carinho, toque, sentimento. Com nós o carnal nunca foi o mais importante, mas aquilo, eu sei, era amor. O que poderia ser senão isso? Que outro sentimento poderia mexer tanto assim com o coração de duas pessoas? Era amor, sim. Tinha colo, cafuné, luar, céu estrelado. Tinham até fogos de artifício! Tinha mãos entrelaçadas, tinha corpo colado e respiração ofegante. Para nós pouca diferença tinha se conversássemos ou ficássemos calados. Até o seu silêncio me bastava, o importante era te ter ao meu lado, abraçado comigo. Nesse momento eu daria tudo pra te ter aqui comigo. Você... O meu eu masculino. Você era minha voz, era meu subconsciente, era o espelho que refletia minha alma, meus sonhos, minhas loucuras e até os medos que eu tinha a certeza de serem só meus. Era como se tivéssemos nascido um para o outro, metade da laranja mesmo. Infelizmente antes que pudéssemos juntos realizar nossos sonhos, antes de pormos em prática os nossos planos você partiu pra longe, bem longe de mim. Um último abraço apertado, uma tarde inteira apenas de despedidas. O carro partiu e eu fiquei na nossa esquina, sentada no nosso banco te vendo ir. Uma lágrima saiu triste e solitária de meu olho e ao mesmo tempo atrás do vidro embaçado pude vê-la escorrendo em seu rosto. Nós sempre assim, refletindo as emoções um do outro. Eu sinto tanto a sua falta! Todas as noites, deitada em minha cama com o ursinho de pelúcia que você me deu do lado, eu lembro de nós e refaço os nossos caminhos por aquelas ruas vazias, sua mão em minha cintura, a minha em seu ombro. Chuva, pôr-do-sol, chocolate, frio, soluções e problemas me lembram você. Saudade... Ah, é tão grande. Eu ainda espero as suas ligações semanais e sonho ansiosa com o dia em que levantarei do nosso banco e correrei para te abraçar. Eu vou aproximar de seus lábios os meus ouvidos, ficarei horas e horas escutando seu sotaque engraçado, te direi o quanto devastadora era a minha saudade. Aí depois de escutar tuas histórias de viajante, saciar minha vontade da tua voz, já na hora de ir embora, após o abraço te darei um longo e adocicado beijo, que será o melhor de nossas vidas. Sussurrarei uma sutil poesia em teus ouvidos e não te deixarei mais sair daqui. Será o dia em que poderei encher os peitos para dizer que reencontrei o amor de minha vida e que poderei novamente viver no meu castelo do conto de fadas. Segurarei a tua mão e não mais irei soltar, você permanecerá aqui e para sempre dançará comigo na chuva. Então, será chegada a hora de dizer que eu te amo, sempre amei e nunca serei eu capaz de deixar de amar.
"Porquê eu posso nos ver de mãos dadas, andando na praia, descalços na areia
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